Foram comprovados dois casos de raiva no Rio Grande do Norte há poucos dias, um morcego e um gato de rua apresentaram a doença. Isto é muito preocupante, porque muitas pessoas deixaram de vacinar nas últimas campanhas devido ao grande número de reações que ocorreram em alguns animais. Não deixe de vacinar, a raiva é uma doença grave que não tem cura e leva a morte em todos os casos. As clínicas veterinárias também aplicam a vacina contra a raiva, raramente ocorrem reações pós-vacinais com a vacina utilizada e quando ocorrem são sintomas leves, facilmente revertidos com medicação específica. O custo da aplicação é muito baixo comparado com o benefício.
DOENÇA: A raiva é uma doença contagiosa causada por um vírus que pode afetar os animais (mamíferos) e o homem. A transmissão se dá através do contato com a saliva de um animal doente, principalmente pela mordedura. É preciso compreender que nem toda mordida de cão ou gato transmite a raiva. É necessário que o animal seja portador do vírus para que haja a transmissão da doença.
TRANSMISSORES: Na natureza, o morcego hematófago – que se alimenta de sangue – é um dos mais importantes transmissores da raiva para outras espécies animais e para o homem. Mas todos os mamíferos podem ser transmissores.
SINTOMAS: Os principais sinais clínicos da raiva são: mudança de hábitos e/ou comportamento (o animal passa a se esconder ou agir de maneira diferente do usual), agressividade, salivação (o animal baba muito) e paralisia. É importante salientar que nem todo cão ou gato que saliva (baba) está com raiva. No caso dessa doença, ocorre paralisia dos músculos faciais, o que impede a deglutição da saliva, daí a impressão do animal estar babando. Animais intoxicados por alguns tipos de venenos (inseticidas, etc.) ou muito estressados também podem salivar abundantemente, mas sem qualquer relação com a raiva. Da mesma forma, nem todo animal agressivo possui a raiva. Na maioria das vezes, a agressividade como único sintoma é um problema apenas comportamental (cães medrosos, dominantes ou traumatizados por apanhar). Os sinais clínicos nos humanos são bem parecidos com os que ocorrem em animais.
A raiva é uma doença incurável, portanto, deve haver um controle rigoroso da vacinação dos animais domésticos e do campo. A vacina é a única maneira de controlar a doença.
Animal
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Risco de transmissão
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Prevenção
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cães e gatos |
alto
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vacinação
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morcegos |
alto
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não existe
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bovinos, eqüinos, caprinos e ovinos |
médio
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vacinação
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camundongos, hamsters, coelhos e outros roedores |
baixo
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não existe
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*Fonte Instituto Pasteur
EM CASO DE MORDIDA: De maneira geral, diante de uma caso de mordedura ou arranhadura por qualquer animal, a primeira providencia a ser tomada, e altamente eficaz, é lavar o ferimento com água e sabão/detergente. Isso dificulta a penetração do vírus nos tecidos mais profundos, impedindo que ele atinja as terminações nervosas por onde se propaga.
Se uma pessoa é mordida ou arranhada por um cão ou gato que não esteja vacinado, ou de origem desconhecida (cão ou gato de rua), esse animal deve ser capturado e permanecer em observação por 10 dias. Caso ele não apresente sinais clínicos da doença durante o período de observação, não será necessário nenhum procedimento ou tratamento para a vítima. Porém, se o animal morrer (mesmo sem ter apresentado sinais da doença), desaparecer ou não puder ser capturado para cumprir o período de observação, a pessoa deve se dirigir imediatamente a um posto de saúde para receber o tratamento contra a raiva. Mas é muito arriscado esperar, portanto, toda pessoa mordida por animal desconhecido ou não vacinado, com alteração de comportamento repentina, deve procurar atendimento o mais rápido possível.
É importante salientar que, uma vez manifestados os sintomas de raiva no humano, o tratamento é ineficaz, e levará a pessoa à morte. Em fevereiro de 2009 foi reportado o primeiro caso de cura da raiva em um paciente no Brasil. Embora essa tenha sido uma ótima notícia, foi um caso raríssimo e não pode ser considerado ainda um avanço. Por isso, o atendimento médico deve ser feito prontamente para avaliação dos riscos, pois a doença ainda é fatal em 100% dos casos confirmados da doença no homem.
O tratamento curativo não está disponível para animais. No caso de um animal doméstico não vacinado ser mordido por um outro animal portador do vírus da raiva, ele certamente adoecerá e morrerá num prazo de 10 dias.
PREVENÇÃO
VACINAÇÃO: As campanhas de vacinação são importantíssimas no controle da raiva. Mas se o animal já recebe a vacina antirrábica anualmente, em clínicas veterinárias, não é necessário revaciná-lo nas campanhas, desde que a vacina esteja em dia.
Além dos cães, gatos e morcegos, que apresentam alto risco de transmissão da raiva, outros animais também podem ser transmissores, como equinos, bovinos, caprinos e ovinos, que podem ser vacinados e apresentam um grau médio de transmissão da raiva para humanos. Pequenos roedores como hamsters, camundongos, ratos, coelhos e outros, podem transmitir a doença, mas eles apresentam um risco baixo de transmissão da raiva. Não existe vacina para esses animais. Já os ferrets (furões) devem ser vacinados contra a raiva anualmente com a mesma vacina utilizada para cães e gatos.
Curiosidade: “No passado, convencionou-se chamar agosto como “o mês do cachorro louco”, porque nessa época, ou seja, época de mudança de estação primavera/verão, ocorriam os cios das cadelas, havendo assim maior aglomeração dos animais para o acasalamento, e conseqüentes motivos para agressões entre os cães e transmissão da raiva.” (Humberto Clemente – med. veterinário).
Independente desse fato, a raiva pode ocorrer em qualquer época do ano. Seu animal deve estar sempre com a vacinação em dia.
A clínica Cão e Cia utiliza a vacina contra a raiva Defensor da pfizer. A vacina é muito eficaz e raramente causa efeitos colaterais. Nunca tivemos reações graves, como mortes, paralisias entre outras. Muito importante que a vacinação seja feita pelo veterinário porque somente animais saudáveis devem ser vacinados, e todo animal vacinado deve ser acompanhado quanto a possíveis reações.
Defensor
Defensor® é para vacinação de animais sadios (cães e gatos), como um auxiliar na prevenção da raiva. A vacina é preparada com vírus cultivado em linhagem celular, inativado quimicamente e tendo o hidróxido de alumínio como adjuvante. Esta cepa é altamente imunogênica, sendo uma amostra fixa do vírus rábico, proveniente do isolado original de Louis Pasteur, em 1882. O vírus inativado é formulado com um adjuvante altamente purificado, que resulta em uma melhor resposta imunológica e uma irritação tecidual mais baixa.
NUNCA DEIXE DE VACINAR !
A RAIVA MATA !
onde achar vacina contra raiva Rai-Vac-I vacina inativada contra raiva em cães e gatos importada, porque suspeito que essa Defensor que esta no mercado agora, causou efeitos colaterais graves em outro cão meu se alguém souber e mail ranulfoyamaha@hotmail,com grato
Boa Tarde Ranulfo. A vacina Defensor é com vírus inativado. Utilizo esta vacina há muito tempo e nunca tive problema com reações graves, somente reações alérgicas que se manifestam por inchaço principalmente da cabeça, facilmente revertido com medicamentos específicos, mas estas reações podem acontecer com o uso de qualquer vacina. Já utilizei a Rai-vac também sem problema. Muitas vezes o que ocorre é que animais doentes são vacinados e isto pode agravar a doença. Por isso é muito importante que o animal seja examinado pelo veterinário antes de aplicar qualquer vacina. Ligue para as clínicas algumas trabalham com a rai-vac-i.
Bom dia!
Minha filhote foi vacinada contra raiva, quando cheguei em casa notei que a vacina venceu em 06/2016. O que devo fazer? ela não apresentou nenhum sintoma anormal, deve ser vacinada novamente, ou espero um período?
Boa tarde Erika. Normalmente a vacina tem uma validade maior do que a data de vencimento, mas isto não pode acontecer. Não vai ocorrer reação devido à vacina estar vencida, o que pode ocorrer é uma diminuição na sua eficácia. Converse com o veterinário que aplicou a vacina.